segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

É parar por um segundo e ver a lembranças que chegam a minha mente. Poucas boas, outras mais de você, tantas mais de coisas que eu já sofri e poucas menas do que eu pude evitar.
Eu me sinto tão sozinho no meio de tanta gente. E hoje em dia uma só pessoa não me satisfaz. Eu queria ter todos aqueles que eu já tive aqui comigo. Mas eu analiso e me pergunto - Será que vale? - e respondo pela minha própria boca - Não sei.
Eu pensei em desistir de tudo, sabe. E agora eu estou pensando em sair de casa. Quero as minhas regras, a minha vida, o meu lado social que até hoje não sei o que é. De contrapartida há déficit de dinheiro pra que isso acontece. Se eu tivesse juntado dinheiro esse tempo todo... "Se eu" já não se encaixa mais.
Eu estou num fase rebelde. Eu quero a minha independência. Eu quero o que é meu a qualquer custo e eu estou quase jogando tudo pro alto e indo embora em busca do infinito. Mas eu não tenho pra onde ir, o que fazer... Eu não tenho nada, mas quero tudo.
De boa: O que eu tenho que fazer é arrumar um trabalho que me pague bem pra eu poder juntar um dinheiro pra conseguir sair de casa até o final deste ano. Sim, é uma promessa. Pra esta promessa, eu quebrarei outra promessa: Eu não vou mais pro Maranhão ver o Ruan Gaspar. Ou sou eu livre e feliz, ou eu apenas feliz. E diante dessa situação eu fico triste, porque eu queria muito viajar, eu queria muito conhecer o Ruan Gaspar, mas vou deixar o destino se encarregar disso.
Uma coisa que eu acabei de descobrir foi que pensando no meu futuro eu esqueço do meu passado e com o meu passado eu esqueço todos vocês que eu quero aqui comigo. Sinal que o meu cérebro entende que o meu futuro não será com vocês. Que bom.
De um rumo à outro. Assim sou eu. E quanto a essas lembranças fora de hora - vsf. Eu quero mais eu, mais meu futuro, mais tudo o que é meu.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Eu sei que o tempo passou, que eu mudei e que agora eu tenho 18 anos. A adolescência acabou e a juventude se iniciou.
A minha adolescência terminou de uma maneira simples diante dos trágicos acontecimentos que houve no decorrer dela. Trágicos em matéria de sentir algo por alguém e não ser correspondido. E a minha juventude chegou, mas eu ainda estou preso em diversas coisas que já tinha dado por superado.
Com a juventude, o meu coração poderia ser trocado e algumas lembranças deveriam ser apagadas de vez. Mas não é assim, não foi assim, nunca será assim. O que eu trago de bom é a minha evolução, por miníma que seja, diante dos fatos do cotidiano. Eu venci coisas que nunca me imaginei vencer, eu fiz coisas que não queria e por não querer acabei gostando; Não vivi, apenas passei o tempo tentando me ocupar com alguma coisa, nem que tenho sido com o sofrimento.
Eu conheci pessoas que nunca imaginei, eu vivi momentos que não queria ter vivido... Eu presenciei muita coisa errada e errei bastante também. Errei pelo simples fato de ser alguém que a sociedade não aceita. "Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais." Já me aceitei mais, já deixei as coisas fluírem com mais naturalidade.
Uma coisa que me causa um profundo arrependimento é a falsidade que cultivei. Agora ela já tem raiz, é uma linda árvore que eu prefiro não cortar. Por pior que ela seja, ela me livrou de boas e poucas situações. Outra coisa que me arrependo é de não dizer "eu te amo". Todos os "eu te amo" profanados pelos meus lábios foram falsos. Eu me tornei um iceberg, uma pedra... Eu me tornei o vento. Assim como o vento, eu estou em todos os lugares, com todos, mas ninguém está comigo. Eu preferia dizer "eu te amo" e sofrer, do que não dizer e continuar sofrendo.
E daí que eu não digo "eu te amo"? E daí que até hoje não apareceu ninguém que eu possa dizer - "Eles não me importam. Quero ser a gente. Você. Isto!"? E daí que eu sou infeliz por isso? E daí? Ninguém tem haver com a minha vida e ninguém tem haver com o modo que eu penso e encaro as coisas.
Aos amigos... Quais? Aqueles se mostraram interesseiros? Aqueles que só sabem falar, mas não sabem ouvir? Aqueles que só sabem machucar e nunca se ferem? Aqueles que eu não tenho? Às vezes dá vontade de falar - "Vai se foder. Você tem dois ouvidos e uma só boca. Deixa eu falar, deixa eu dizer o que sinto, deixa eu compartilhar o meu sofrimento com você, sua vadia, piranha, filha da puta... Vai tomar no cú." Sim, me dá vontade de dizer isso.
Além disso, me dá vontade de destruir todos aqueles que eu considero inimigos. Eu perdoo, mas nunca esqueço o que já aconteceu. Nunca esqueço o nome e nem onde mora. Isso é primordial. Eu ainda vou me vingar de um por um. Só peço a Deus pra não ter que precisar de nenhum desses. Se eu precisar eu posso matá-los. Deus sabe do que eu sou capaz. Deus sabe que eu sou uma farsa e que debaixo dessa pele de cordeiro existe um lobo sedento por dor, por sangue e por morte.
Eu sou assim. Eu sou o polo negativo. Eu sou a vingança.  Eu sou o fracasso. Eu não sou nada... Eu sou uma farsa, eu sou uma máscara.

sábado, 17 de dezembro de 2011


Hoje os caminhos me proporcionaram uma lembrança. Não tão boa nem tão ruim.
Me lembrei deste blog que já me ajuda suportando as minhas mágoas há três anos, são três 'Dezembros'. Muita dor, pouca conquista, diversas magoas, minúsculos sorrisos. Isso define esse tempo.
O meu maior sonho foi poder dizer pra alguém o nome deste blog. "Eles não me importam. Quero ser a gente. Você. Isto!"
Ironia do destino ou não, não houve um indivíduo que se encaixou nesta frase. Todas as vezes que eu pensava em profanar isto, alguma coisa acontecia retirando o véu da escuridão me fazendo enxergar a verdade daquele indivíduo.
Enfim. Entre um e outro tudo continua no mesmo lugar: à deriva da maré e do maldito tempo.
Sei que já acabei com este blog, mas ele conta a minha trajetória de adolescente gay. Aqui possui todos os meus sofrimentos e todas as minhas dores. É impossível esquecer-lo.
Bom, que este 2012 seja diferente de tudo o que eu já vivi. Que venha pra superar 2009 que foi o melhor ano da minha vida. Eu só peço saúde, força e paciência; O resto eu corro atrás.
É isso. Só isso só.

domingo, 2 de outubro de 2011


Está na hora de dizer adeus.
Tudo que é bom dura pouco... Pouco o suficiente pra ficar guardado na memória.
Eu encerro este blog com a mesma vontade que o criei, e afirmo não tira-lo do ar.
Enfim... Acabou.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Enquanto o tempo continua a passar, eu me dou o prazer de viver, o dever de realizar os meus desejos, o direito de ser feliz, etc. Minha concepção de vida já mudou e continua em inconstante mudança.
Aprendi a dar valor as pessoas que merecem, descobri que o amor existe (sim, ele está quase nascendo), duvidei dos meus instintos e acabei me surpreendendo, neguei estar mal quando estava no fundo do poço, deixei indivíduos pra trás, fiz novas amizades, realizei antigos desejos, consegui sorrir na hora que era pra chorar, me tornei independente da dependência de outrora, conquistei a minha força própria e aumentei a minha fé.
Durante a caminhada cheia de pedras acabei conquistando tantos adjetivos e mostrei tantos outros defeitos por aí. Outra coisa que fiz questão de fazer é guardar essas pedras que ilustram a minha estrada; Quem sabe no futuro elas sirvam pra algo, né.
O que importa pra mim nesse momento é ser feliz a cada amanhecer. Tenho tudo que preciso (é, eu acho). Bom, caso o que tenho não seja tudo, quando descobrir irei atrás do que me falta e completarei sendo assim feliz nem que seja por um momento. Eu sempre soube que felicidade não dura e que o pra sempre é apenas abobrinha numa historinha de criança.
Me reportando a um ano atrás, um ano depois eu consegui o que tanto queria e o que tirei como lição é: Não importa se vai ser ontem, hoje ou amanhã. Continue acreditando e desejando que num futuro bem próximo você vai conseguir. Rá, e quando conseguir você vai se sentir o dono do mundo, senhor das encruzilhadas e rei da verdade, mas não se engane, você apenas serviu pra alguma coisa. Desculpa, mas é a realidade e a realidade é a verdade nua e crua.
Com essa Lua surgindo no Céu, eu trato de me despedir. É lindo escrever, pensar e respirar observando a noite surgir e trazer seus lindos encantos dos quais muitos já aproveitei. Boas lembranças. É.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Enfim, eu já sei que eu sou. Eu já não sei o que eu quero. Eu já não sei o que acontece comigo, muito menos com o mundo. Eu já busquei ajuda, eu já busquei respostas e as encontrei; Eu preciso me familiarizar com isso tudo.
No cotidiano as dificuldades sempre surgem e eu, como sempre, acabo sendo prisioneiro delas. Eu já não consigo mais aceitar essas minhas fraquezas, eu não consigo mais aceitar a minha personalidade. Eu sei que eu não tenho que ser diferente de mim mesmo, mas eu já não consigo me aceitar do jeito que eu sou, e o pior: eu não sei como eu quero ser. Desse jeito tudo vai por água a baixo.
De acordo com as minhas expectativas, ou eu melhoro, ou me afundo mais. Ou seja, eu preciso fazer o que eu não estou fazendo. Eu preciso crescer intelectualmente, eu preciso ser o meu passado e, principalmente, eu preciso esquecer do meu presente. O meu passado, de certa forma, foi tudo que eu precisava segundo outros mais.
Só uma luz, só uma saída (nem que seja de emergência). Agora, descer ou subir? Essa é questão. Com as dúvidas que eu tenho, uma escada seria o cúmulo da morte, pois eu com certeza subiria até o topo e me jogaria (ou não, dependendo da visão que eu tiver lá de cima).
Eu sinto que eu preciso é só me mexer, mas eu não tenho energia suficiente. Eu preciso de alguém que compartilhe algum tipo de energia comigo, mas parei de depender das pessoas, uma vez que todas decepcionam todas, todos e tudo.

domingo, 27 de março de 2011

Eu ainda sobrevivo em meio a tanta saudade que insiste em me acompanhar. Saudades alheias também afetam. Lágrimas rolam na minha face. Porém, saudades de que ou de quem?
Talvez seja por causa da liberdade. Sei que não preciso esconder minha personalidade. Eu sei quem vai gostar, eu sei quem não vai gostar. E quanto a gostos, eu já não ligo mais, afinal cada individuo tem o seu.
E essa saudade engloba o meu passado não vivido, o meu futuro inesperado, o meu presente que está se reconstruindo e ao meu momento introspectivo. Me falaram que eu mudei. Sim, eu mudei. Só não sei dizer se pra pior ou pra melhor. O tempo corre tanto, que quando eu paro nele, eu vejo que muita coisa mudou, mas não sei como isso tudo ocorreu.
Quando eu chorar não me pergunte porque, porque eu não sei explicar. É uma falta de tudo e uma presença de tudo; Tudo ao mesmo tempo. E tudo ao mesmo tempo me desconcerta. A cada piscar de olhos é mais um dia que some dos meus olhos.
Hoje minha fé me faz crer que tudo tem um porque, mas essa mesma fé não me revela esse porque, e quando revela já é tarde demais. Chega a ser desnecessário. Eu compreendi que se eu estou aqui, é porque decidi assim e ser quem sou não importa a ninguém tal escolha ou decisão. Disso eu não preciso saber, pois eu já sei.
Eu já me aceitei mediante a tudo e a todos. Foi um longo processo, mas eu consegui. Não vou abandonar meu sonhos (assim eu espero). E confesso que estou confuso em relação aos sonhos para com o futuro. Nada me vem a mente, nada me vem a cabeça - Nada vem ao meu encontro. Mas eu não ligo. Existe um horizonte a ser buscado, e seja o que for eu vou aproveitar o máximo. Espero aproveitar sem me arrepender.
Bom, eu desejo que essa saudade se finde, porque daqui a pouco mais um dia vai acabar e outro virá. E eu confesso que não tenho o que confessar, afinal, não há nenhum problema maior que o problema alheio. Nada somos e, um dia, tudo seremos. Eu só quero mais liberdade.